sexta-feira, 22 de julho de 2011

RMC ganha 13,5 novos veículos por hora

Em apenas um mês, a RMC (Região Metropolitana de Campinas) ganhou 13,5 novos veículos por hora. São ônibus, caminhões, carros e motos que passaram a trafegar diariamente pelas ruas e avenidas das 19 cidades da região. Entre março e abril, a frota passou de 1.640.713 para 1.650.454, o que representa um ganho de 9.741 veículos no período - ou um crescimento de 0,5% no total -, de acordo com os dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Os carros de passeio continuam a predominar entre o total de veículos da RMC, o que mostra que a população continua a optar pelo transporte individual. Os números mostram que, entre todos os meios de transporte da região, os automóveis somam 1.078.983, o que representa 65,3% do total.


Na comparação anual, o crescimento bruto dos veículos nas cidades da região também foi expressivo, segundo o Denatran. O levantamento nacional mostra que, entre os meses de abril do ano passado e abril de 2011, o total de veículos passou de 1.533.465 para 1.650.454 e apresentou aumento de 7,6% no total.
De acordo com o pesquisador do Núcleo de Estudos de População da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Ricardo Ojima, a facilidade no crédito descomplicou a compra de automóveis novos e seminovos, o que atraiu os motoristas e contribuiu para que mais e mais carros ganhassem as ruas da região.


“Mais pessoas ganharam condições de adquirir um carro. E o aumento no número de automóveis também é reflexo da motivação pelo uso do meio de transporte. A região de Campinas é grande, então muita gente mora em áreas distantes do trabalho, por exemplo, ou mesmo trabalha em uma cidade e mora em outra”, afirmou.

Ainda de acordo com Ojima, o aumento expressivo e desenfreado na quantidade de veículos na RMC requer atenção do poder público e um planejamento urbano que sustente o desenvolvimento do setor de transportes, para que os motoristas e moradores da região não sofram.

“É preciso dar conta de um aumento na frota de veículos individuais e investir em transporte coletivo, o que desafogaria a pressão dos carros sobre o sistema viário. Também é necessário ter políticas urbanas que incentivem as locomoções alternativas”, disse.

TodoDia - Ter, 17 de Maio de 2011

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